Júlia Miranda (Barcelos, Braga, 1996) música contrabaixista, integra a Orquestra sem Fronteiras e mantém atividade como professora de contrabaixo. Procura incluir na sua pedagogia uma prática criativa regular, centrada em atividades de composição e improvisação. 

Iniciou o seu percurso musical aos 15 anos quando ingressou na classe de Contrabaixo da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo. Ao longo do seu percurso académico contou com a orientação dos professores Cláudia Rodet, Alexandre Samardjiev, Samuel Abreu e Adriano Aguiar. 

Formou-se em Castelo Branco na Escola Superior de Artes Aplicadas, concluindo nesta instituição a Licenciatura em Música – Variante de Instrumento (Contrabaixo) e o Mestrado em Ensino de Música – Variante de Instrumento e de Classe de Conjunto.  

Aquando a sua licenciatura, dando azo ao seu fascínio pela música eletrónica, eletroacústica e improvisação, frequentou aulas do curso de Música Eletrónica e Produção Musical, fez um ano de introdução à improvisação Jazz, e integrou um projeto dedicado à exploração de música eletroacústica, nomeado Oficina de Experimentação Musical. Neste âmbito participou em diversas jam sessions que decorreram em Castelo Branco e tocou em espaços como o O’culto da Ajuda e Serralves.

Ao longo do seu percurso académico pôde enriquecer-se artisticamente participando em Masterclasses e colaborando ativamente com diversos projetos musicais. Deixam-se em referência as Masterclasses com os contrabaixistas Risto Voluanne, Alejandro Oliva, Sérgio Barbosa, Adriano Aguiar, António Augusto Aguiar, Michael Wolf, Leon Bosch, Yuri Axsenov, Jiri Hudec.

Relativamente à sua atividade orquestral, foi contrabaixista na Jovem Orquestra Portuguesa, participou no Estágio Gulbenkian para Orquestra, tocou com a Royal Concertgebouw Orchestra no projeto Side by Side, colaborou com a Orquestra Filarmónica Portuguesa e com a Orquestra da Costa Atlântica. 

Participou no curso de verão Festival do Zêzere – Masterclasse de cordas, onde interpretou, na edição de 2019, o concerto em si menor de G. Bottesini a solo com a orquestra de cordas.

Desenvolveu os projetos artísticos EIJM, DezenrascAR-TE (AÍSCA), Divertimento e integrou a Banda de Música de Antas e a Sociedade Filarmónica Fraternidade de São João de Areias. 

Desde cedo que a escrita criativa tem vindo a ganhar espaço nas particularidades da sua vida. Em 2015, foi galardoada com o 1º prémio no concurso “Prémio Jovens Talentos”, organizado pela CIM- Alto Minho, com o conto Um cigarro que se fuma sozinho.

Publicou recentemente a sua tese de mestrado intitulada A criatividade no ensino de música: Estratégias de desenvolvimento da criatividade nas aulas de contrabaixo.

Presentemente, leciona Contrabaixo no Conservatório de Música Sons e Compassos, na Escola Básica e Secundária Luís António Verney e na Escola Artística do Instituto Gregoriano de Lisboa.


julia.miranda@institutogregoriano.pt