Antecedentes
O Instituto Gregoriano de Lisboa teve como antecedente o Centro de Estudos Gregorianos, instituição criada em 1953 como uma estrutura de investigação do Instituto de Alta Cultura, e que se destinava a formar investigadores, cantores, organistas e chefes de coro.
O Centro foi pioneiro em Portugal na lecionação, a nível superior, de matérias como História da Música, Paleografia e Órgão. No início, o ensino era assegurado por professores oriundos do Conservatório Nacional Superior de Paris, da Universidade de Paris-Sorbonne, da Escola César Frank e do Instituto Gregoriano de Paris. Introduziu também em Portugal o Curso de Pedagogia Musical segundo o método Ward.
O Instituto Gregoriano de Lisboa
Em 1976 o Centro de Estudos Gregorianos passou a designar-se Instituto Gregoriano de Lisboa (IGL), ministrando cursos de nível geral e superior, visando a investigação e o ensino na área da sua especialidade.
Posteriormente, em 1983, com a extinção dos cursos superiores dos conservatórios, fundaram-se as Escolas Superiores de Música em Lisboa e no Porto, transformando-se então o IGL numa escola vocacional de música, de ensino básico e secundário. Os seus cursos superiores transitaram para a Escola Superior de Música de Lisboa, onde se formaria um Departamento de Estudos Superiores Gregorianos. O novo plano de estudos do IGL foi definido pela portaria nº 725/84 (cursos de Canto Gregoriano, Piano e Órgão) e posteriormente alargado, para incluir os cursos de Cravo, Violoncelo, e Flauta de Bisel. Em 2006 foi incluído o Curso de Violino e, mais recentemente (2019), o Curso de Contrabaixo.
Uma escola virada para a comunidade
A formação dos jovens que frequentam o IGL - atualmente designado de Escola Artística do Instituto Gregoriano de Lisboa (EAIGL) - inclui desde os primeiros passos uma intensa atividade artística que se concretiza nas inúmeras audições, concertos e recitais realizados nas instalações da escola e outros locais. Desta forma procura-se pôr os jovens em contacto com as condições reais de exercício de uma profissão artística, ao mesmo tempo que se proporciona à comunidade em que nos inserimos a oportunidade de ouvir obras da mais elevada qualidade musical.
A abertura da escola à comunidade tem também sido concretizada através de protocolos estabelecidos com estabelecimentos de ensino público, onde os seus professores se deslocam para lecionar Iniciação Musical, proporcionando assim às crianças que o frequentam a oportunidade de acederem ao ensino artístico especializado da música. A escola tem ainda protocolos para a frequência em regime articulado com os agrupamentos Rainha D. Leonor, Vergílio Ferreira e Alvalade.
Uma escola com forte identidade
Apoiada nas suas origens e sempre aberta à modernidade, a escola apresenta um projeto educativo diferenciador no seio das escolas públicas de ensino especializado da música.
A qualidade do ensino ministrado é comprovada pelo grande número de profissionais na área da música que aqui realizou ou iniciou a sua formação. Ao longo dos anos, um número sempre crescente de pianistas, organistas, maestros, musicólogos, compositores, cantores e professores de música, têm-se vindo a notabilizar no panorama musical nacional, justificando a aposta num ensino de qualidade feita pela escola.
Decreto-Lei nº 568/76
Fundação do Instituto Gregoriano de Lisboa